segunda-feira, 14 de abril de 2014

Será que eu seria amiga do meu Eu de 4 anos atrás?

A resposta é não. Claro. Há 4 anos eu tinha apenas 13 anos, quase 14. Hoje com 17 - quase 18, percebi o quanto mudei (mais do que eu imaginava que uma pessoa poderia mudar). Percebi também como estamos em constante mudança, não só física mas também mental. Nós sempre achamos que já somos inteligentes o bastante e que já estamos crescidos (não importa a nossa idade), mas a verdade é que nunca devíamos chegar nessa conclusão, pois nós ainda não crescemos o suficiente. 

Me formei na escola ano passado. E que anos foram esses???! Passei por tantas coisas diferentes na escola. Fui a menina que era amiguinha de todos do pré à série, até a menina que ficou amiga das "populares" do colégio da 5ª à 7ª série - que em um certo dia parou e disse para si mesma "Mas o que diabos eu estou fazendo aqui?, até a menina que encontrou um grupinho super legal, era o grupinho de quem não tinha encontrado nenhum grupinho na escola - o meu grupo preferido!

E foi aí que eu e esse grupinho começamos a nossa jornada juntos de odiar todos à nossa volta. Nos isolamos e criamos nosso próprio mundo. O mundo em que um dia iriamos alcançar nossos objetivos e rir da cara desse pessoal que se acha o Rei da Escola (como se isso fosse a melhor coisa para ser na vida).

Sobre os Reis da Escola: são pessoas que se acham demais, tratam os outro como capacho, praticam o tão famoso bullying, e por aí vai... Mas também são aquelas pessoas que fora da escola são uns chatos. Não passam de riquinhos metidos. Ligam muito para o que os outros falam e não tem a menor noção do que é ser/ou tentar ser livre na vida.

Eu não achava isso legal. Até hoje não acho! Porém, percebi que mudei a partir do momento em que falei "E daí?" 

E foi nesse "E daí" que eu comecei a olhar ao meu redor com um olhar diferente, mais profundo, mais sábio. Isso aconteceu no meu 2º colegial. Abandonei o meu grupinho e comecei a levar esses meus novos pensamentos sozinha.  Não queria fazer parte de um grupo de pessoas que praticavam o ódio. Porque foi aí que eu percebi que a palavra "ódio" é de um significado gigantesco, e que usamos de um jeito errado e sem sentido. Nós odiávamos pessoas que nunca fizeram nada de muito grave com a gente, abominávamos pessoas que nunca nem havíamos conversado direito! E pior: estávamos praticando o mesmo que essas outras pessoas praticavam, o ódio. Só que de um jeito diferente. No fim das contas: julgávamos todo mundo, mas não queríamos ser julgados. Mas quem éramos nós para julgar os outros e não querer isso de volta? "Não faça com os outros o que você não quer que façam com você" considero esse um dos melhores conselhos de Mãe que existe! 

Foi nesse momento que eu reconheci o meu erro. Me senti uma idiota e percebi o quanto eu perdi nesse tempo de “odeio todo mundo”. Mas eu nunca quis mudar nada, nunca quis voltar no tempo e dar esse conselho pra mim mesma, porque se isso não tivesse acontecido eu nunca iria perceber de verdade. Errando e aprendendo...

O que aprendi foi: Cada um faz o que quiser. Nós somos donos da nossa própria vida. Você pode até dizer: "não, mas quando somos pequenos, nosso pais são donos da nossa vida." Sim, quase verdade. Mas não são eles que vão tomar nossas decisões, somos nós! Isso desde crianças. Você que vai escolher se deve chorar por sua mãe não querer comprar certo brinquedo, ou se deve entender a explicação dela por não comprar o tal brinquedo... Somos donos das nossas decisões e quando crescemos passamos a ser Donos Oficias Da Nossa Vida! Então se a pessoa é uma babaca por praticar o ódio com você ou com qualquer outra pessoa... Problema é dela, deixe-a falando sozinha. E você não deve ligar para isso, você deve seguir em frente com a sua vida e deixar pra lá. Porque quando você for o dono da sua própria vida essa pessoa não vai pagar suas contas, te dar carinho e te ajudar nos momentos difíceis, então f***-se ela. A única coisa que desejo para essas pessoas é felicidade! E outra muito mais importante que isso: que elas deixem de lado essas besteiras tontas e se encontrem, igual eu fiz em um certo momento da minha vida.  

E essa foi a minha maior mudança. Parei de apoiar indiretamente a prática pelo ódio, julgamento, etc. Porque eu o fazia sem perceber que estava fazendo, o que é normal com nós meros seres humanos. Mas é sempre bom parar em um momento da sua vida e pensar sobre o que você está fazendo, e se isso é realmente o que você deveria fazer. Principalmente na escola... Diria que aprendi muito mais sobre mim mesma na escola do que sobre matemática, física, química, etc... Pra mim a escola foi importante por isso! Passei por muitas situações diferentes e consegui analisá-las e aprender com elas. Coisa que - acredite - muita gente não fez e não o fará! (mesmo estando mais velhos, a idade não diz nada sobre sabedoria). Cada um com seu cada um. Mudei para melhor na minha concepção. Hoje me sinto melhor com quem sou... Mas quem sabe? Talvez daqui 4 anos eu faça mais um texto igual a esse, falando das minhas mudanças e de como me sinto melhor por ter mudado. O que seria de nós sem essa constante mudança? Nada é melhor do que mudar uns quadros de lugar e se sentir em uma nova casa.

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